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Uefa e Fifa violaram lei da UE ao impedir Superliga, diz tribunal
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Foto: Dado Ruvic / Reuters -
Novo torneio reuniria 13 clubes, entre eles Real, Barça e Juventus
A Uefa e a Fifa violaram a lei da União Europeia ao impedir a formação de uma Superliga afirmou o Tribunal de Justiça do bloco nesta quinta-feira (21), em uma decisão histórica q pode mudar a forma como o futebol é administrado no continente.
Os clubes europeus que propuseram a formação da liga, que provocou protestos generalizados entre torcedores furiosos, foram ameaçados com sanções pela Uefa caso levassem o plano adiante, o que levou nove clubes a se retirarem do projeto.
Em sua decisão, o tribunal superior da UE disse que a Fifa e a Uefa abusaram de sua posição dominante ao proibir os clubes de competir em uma Superliga Europeia, embora projeto ainda possa não ser aprovado, pois a corte não se pronunciou especificamente sobre ele.
A Uefa organiza competições europeias há quase 70 anos e vê o projeto da Superliga com uma ameaça significativa à sua lucrativa Liga dos Campeões, para a qual as equipes se classificam por mérito, de acordo com o desempenho na liga nacional.
Real Madrid, Barcelona, Juventus e nove outros grandes clubes europeus anunciaram o plano de separação em abril de 2021.
Mas a iniciativa fracassou em 48 horas depois que um clamor de torcedores, governos e jogadores forçou Manchester United, Liverpool, Manchester City, Chelsea, Tottenham, Arsenal, Milan, Inter de Milão e Atlético de Madri a se retirarem.
A empresa de desenvolvimento esportivo A22, formada para auxiliar na criação da Superliga, alegou que a Uefa e a Fifa, órgão regulador do futebol mundial, detinham um posição de monopólio que violava a Lei de Concorrência e Livre Circulação da União Europeia.
"Conquistamos o direito de competir. O monopólio da Uefa acabou. O futebol é livre", disse o presidente-executivo da A22, Bernd
Reichart. "Os clubes agora estão livres da ameaça de sanção e livres para determinar seus próprios futuros", acrescentou Reichart em um comunicado.
A A22 divulgou planos para uma nova competição logo após o veredicto, que contaria com 64 Equipes masculinas e 32 equipes femininas competindo em uma liga no meio da semana, ameaçando a Liga dos Campeões.
A Uefa disse que a decisão não significava um endosso ou validação da Superliga e que e havia resolvido uma deficiência que havia, sido destacada em sua própria estrutura.
"A Uefa está confiante na robustez de suas novas regras e especificamente, que elas estão em conformidade com todas as leis e regulamentos europeus relevantes", acrescentou em um comunicado.
A Fifa disse que analisará a decisão em coordenação com a Uefa, outras confederações e as federações afiliadas antes de fazer mais comentários.
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